As pessoas escolhem o que acreditar o tempo todo e começam a repetir para os outros somente aquilo que leram e ouviram mas que nunca tiveram qualquer experiência prática no assunto. Nunca comprovaram o que leram mas repetem. Assim surge o eterno ciclo vicioso de repetição de máximas onde todo mundo sabe tudo de tudo mas ninguém tem experiência prática de nada; pois se tivessem não iriam ficar repetindo como papagaios aquilo como verdade. Em termos de projeção astral (“projeção psíquica”, “projeção da consciência”, “viagem astral”) é a mesma coisa. Como se projetar, como voar, como se defender em astral, como fazer isso e aquilo; material é o que não falta mas se uma pessoa que se projeta pegar tudo isso, sair em astral e for tentar comprovar se surpreenderá ao ver que as coisas não são bem assim. Verá que existe diferença entre aquilo que ela configurou como verdade e o plano prático e como realmente funciona.
Muitas “técnicas” de defesa em astral falam em imaginar isso ou aquilo como se bastasse a pessoa imaginar um escudo oval protetor em volta do corpo para que nada ruim lhe acontecesse. As religiões têm os seus clamores do plano “espiritual” onde bastaria a pessoa clamar por Deus, um anjo, um mestre e tudo se resolveria. As escolas iniciáticas têm seus sinais. Em astral nada disso funciona. Não adianta ficar imaginando bolinha de luz em volta do corpo, não adianta ficar chamando por Jesus e não adianta ficar fazendo sinalzinho de sociedade secreta. O mundo astral não funciona assim. Se a pessoa encarar uma situação de ataque, precisar se defender e for tentar fazer coisas assim vai se portar como tolo pois nada vai acontecer. E é por isto que existe diferença entre as coisas como dizem que são e como realmente são, é por isso também que quem quer ser projetar, em qualquer subdimensão astral, deve estar preparado para saber o que fazer aconteça o que acontecer.
Quando comecei a sair em astral me lembrava do que havia estudado e sempre ia experimentando para ver se funcionava. Imaginava um escudo de luz em volta do corpo e nada acontecia. Depois, ao encontrar o meu amparador (“mestre”, “guia”) fiz um sinal secreto de uma ordem e não teve absolutamente efeito algum e pela reação dele pude perceber que isto não adiantaria em nada lá. Outra vez, ao sair em uma noite e ser atacado por um grupo de obsessores, clamei por Jesus, pois tanto nasci, nesta vida, como fui criado em um país e um lar cristão, e nada adiantou. Algumas pessoas falam em “chamar pelo amparador” mas naturalmente que isto não funciona assim. O amparador vem até a pessoa em determinados momentos mas não a toda hora, o tempo todo, até porque, ele deixa a pessoa por muitas vezes sozinho para que ela aprenda por si. O mundo astral não é o mundo dos ursinhos carinhosos em que basta a pessoa ficar pensando em coraçãozinho, florzinha e amorzinho pra se defender. Eu precisava fazer alguma coisa para me defender pois nada do que eu havia lido e estudado funcionara e foi justamente aí que eu comecei a fazer aquilo que eu havia feito também para me projetar: deixar fluir.
As técnicas de projeção que estão em todo canto, por mais que não estejam de todo erradas, ainda carecem do ingrediente principal que é a intuição de cada um e não existe regramento e taxação para a intuição. A pessoa deve sentir que está saindo e que deve sair, se não sentir, empacará. Isto ninguém explica como fazer. É este o limite entre o conhecimento e a sabedoria e entre a teoria e a prática. O conhecimento espiritual para se tornar sabedoria, e assim ser adicionado ao subconsciente, deve obrigatoriamente ser fundado em prática comprobatória, do contrário são apenas palavras. O limite para que isso ocorra depende de cada um pois o caminho é de cada um. Não existem muletas e choros. Cada um deve ultrapassar sozinho estas portas. O conhecimento adquirido por estudos é o guia que leva cada um até à porta e a intuição é que faz a pessoa ultrapassar esta porta e assim funciona com todas as experiências sobrenaturais que uma pessoa queira ter, seja uma projeção astral consciente, telepatia, auto-hipnose, telecinese, vidência, contato com mortos, contato com extraterrestres e tudo aquilo que transcenda a curta realidade do plano material.
Com a defesa em astral é a mesma coisa. Tudo aquilo que havia lido e estudado não havia adiantado, precisava de uma defesa e foi aí que intuitivamente encontrei um meio de me defender. Saindo em astral vi umas pessoas do outro lado da rua e sem pensar apenas estendi meu braço direito em direção à uma pessoa, com os dedos juntos e as pontas voltadas para cima, palma da mão para frente e vibrei (“falei”) “Rá” (“RRRRRRRááááááá”). Esta pessoa então recebeu uma luz muito forte em si e acabou sendo derrubada. Como um pequeno foco de luz que vem e a derruba. Não havia lido e até agora nunca li isto em lugar algum mas desde aquele dia o que eu tenho feito para me defender em astral é isto. Estender o braço direito, com a mão aberta, dedos juntos, voltados para cima e vibrando “Rá”. Sempre que saio à noite em astral e preciso de uma luz faço a mesma coisa e aparece um foco de luz para clarear o local. Se alguém se dirige negativamente em direção a mim faço a mesma coisa e a pessoa cai.
Esta é a técnica para defesa em astral que descobri há alguns anos atrás. A técnica não obedece o politicamente correto e ineficaz ideal de “se proteger com amor” mas a já conhecida estratégia de que a melhor defesa é o ataque. Ao ver obsessores e vampiros psíquicos se dirigindo à pessoa é melhor abatê-los do que esperar que venham para cima, “pensar em amor” e nada acontecer. A melhor técnica sempre será a que funciona. Não adianta nada saber milhares de teorias se quando precisar elas não funcionarem. Não adianta querer que algo funcione, é preciso que seja o instrumento correto para conseguir o que quer, ninguém corta um pão com uma cama. A técnica está aí, quem quiser comprovar por si é só sair em astral e aplicá-la.
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